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40 anos: Jornalismo UFSC homenageia professores
Publicado em 04/04/2019 às 15:10O Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no marco dos seus 40 anos, realiza homenagem aos professores Sergio Mattos, Daniel Herz e Adelmo Genro Filho, que contribuíram com a trajetória do curso, a formação de seus alunos, e com o campo do jornalismo como um todo.
O reconhecimento ao trabalho dos três docentes se dará com a designação de espaços físicos do curso com seus nomes. Os laboratórios de TV passarão a chamar-se Espaço Professor Sergio Ferreira Mattos. A colocação da placa comemorativa ocorrerá no dia 08 de abril, às 10h, seguida de uma aula aberta realizada pelo Professor Fernando Antônio Crócomo.
Daniel Herz terá seu nome na Laboratório de Pesquisa (hemeroteca). A placa será fixada no dia 11 de abril, 9h, com uma aula aberta do Professor Áureo Moraes, que ocorrerá na sala 145. Já Adelmo Genro Filho terá seu nome relacionada à uma sala de aula. A homenagem ocorrerá no dia 17 de abril, na sala 041 às 14h, e a aula aberta estará a cargo do Professor Samuel Lima.
Conheça os homenageados:
Sergio Ferreira de Mattos, mais conhecido como Serginho Mattos, ingressou à UFSC como Professor no Curso de Jornalismo em 1982, dedicando-se especialmente ao rádio e a televisão. Foi, ainda, Supervisor de estágio, Chefe de Departamento e Diretor do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Nascido em Porto Alegre, em 15 de Maio de 1949, fez parte da primeira turma do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1970. Trabalhou na TV Gaúcha, TV Educativa, Rádio Guaíba e Rádio Continental e na revista Manchete. Fez Mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo (USP) e Doutorado em Comunicação Audiovisual e Publicidade na Universidade autônoma de Barcelona. Faleceu em 2010 de insuficiência respiratória, na cidade de Florianópolis mas seu corpo foi velado e sepultado em sua terra natal.
O jornalista Daniel Koslowsky Herz foi um dos fundadores do Curso de Jornalismo da UFSC, onde foi Professor e Chefe de Departamento. É recordado pela sua luta pela democratização da comunicação, uma de suas principais conquistas foi a Lei do Cabo, em que emissoras públicas e comunitárias passaram a ser veiculadas na televisão por assinatura. O autor do livro A história secreta da Rede Globo, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1954. Em 1977 concluiu a Faculdade de Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Unisinos. Na década de 1980 dirigiu a Federação Nacional de Jornalistas e foi conselheiro do Conselho de Comunicação Social, o qual ajudou a implantar. Faleceu em maio de 2006 em decorrência de um câncer.
Adelmo Genro Filho foi Professor no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na década de 1980. O Mestrado em Ciências Sociais realizado nesta mesma instituição resultou na Tese O Segredo da Pirâmide: Para uma teoria marxista do jornalismo, que anos mais tarde se tornaria um dos livros mais referenciados na área da Teoria do Jornalismo. Adelmo é natural de São Borja, Rio Grande do Sul, onde nasceu em 25 de dezembro de 1951. Formou-se em Jornalismo na pela Universidade Federal de Santa Maria, em 1975. Dedicou sua vida à docência, pesquisa e militância, esteve envolvido como movimento estudantil e organizações de resistência ao regime militar. Morreu em Florianópolis, em 1988, em consequência de uma virose.
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Aula Magna com o Professor Nilson Lage
Publicado em 04/04/2019 às 14:13O Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina realiza Aula Magna “40 anos de Jornalismo: da objetividade às fakenews”, proferida pelo Jornalista e Professor Nilson Lage, na terça-feira 9 de abril, às 9h30, no Auditório Henrique Fontes, bloco B, do Centro de Comunicação e Expressão, Campus Trindade.
O evento conta com mediação do Jornalista e ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) Sérgio Murillo de Andrade e do Professor Eduardo Medistch e faz parte das comemorações dos 40 anos do Curso.
Nilson Lage é Jornalista, com mais 50 anos de atividade profissional, Doutor em Linguística e Filosofia, Mestre em Comunicação e Bacharel em Letras. Foi professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina e Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autor de livros como “A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, “A linguagem jornalística”, “Teoria e técnica do texto jornalístico” e “A estrutura da notícia”.
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Ciclo de homenagens à professores do Curso
Publicado em 04/04/2019 às 13:40Texto: Luana Moreno – Comunica! Empresa Júnior de Jornalismo
No marco dos 40 anos do nosso curso, serão homenageados os professores Sergio Mattos, Daniel Herz e Adelmo Genro Filho, que contribuíram com a trajetória do curso, a formação dos alunos, e com o campo do jornalismo como um todo.
O reconhecimento aos três docentes se dará com a designação de espaços físicos do curso com seus nomes. Os laboratórios de TV passarão a chamar-se Espaço Professor Sergio Mattos. A colocação da placa comemorativa ocorrerá no dia 08 de abril, às 10hs, seguida de uma aula aberta realizada pelo Professor Fernando Antônio Crócomo.
Daniel Herz terá seu nome na hemeroteca. A placa será fixada no dia 11 de abril, 9hs, com uma aula aberta do Professor Áureo Moraes, que ocorrerá na sala 145. Já Adelmo Genro Filho terá seu nome relacionada à uma sala de aula. A homenagem ocorrerá no dia 17 de abril, na sala 041 às 14hs, e a aula aberta estará a cargo do Professor Samuel Lima.
Conheça os homenageados:
Sergio Ferreira de Mattos, mais conhecido como Serginho Mattos, ingressou à UFSC como Professor no Curso de Jornalismo em 1982, dedicando-se especialmente ao rádio e a televisão. Foi, ainda, Supervisor de estágio, Chefe de Departamento e Diretor do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).
Nascido em Porto Alegre, em 15 de Maio de 1949, fez parte da primeira turma do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1970. Trabalhou na TV Gaúcha, TV Educativa, Rádio Guaíba e Rádio Continental e na revista Manchete. Fez Mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo (USP) e Doutorado em Comunicação Audiovisual e Publicidade na Universidade autônoma de Barcelona. Faleceu em 2010 de insuficiência respiratória, na cidade de Florianópolis mas seu corpo foi velado e sepultado em sua terra natal.
Daniel Koslowsky Herz foi um dos fundadores do Curso de Jornalismo da UFSC, onde foi Professor e Chefe de Departamento. É recordado pela sua luta pela democratização da comunicação, uma de suas principais conquistas foi a Lei do Cabo, em que emissoras públicas e comunitárias passaram a ser veiculadas na televisão por assinatura.
O autor do livro A história secreta da Rede Globo, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1954. Em 1977 concluiu a Faculdade de Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Unisinos. Na década de 1980 dirigiu a Federação Nacional de Jornalistas e foi conselheiro do Conselho de Comunicação Social, o qual ajudou a implantar. Faleceu em maio de 2006 em decorrência de um câncer.
Adelmo Genro Filho foi Professor no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na década de 1980. O Mestrado em Ciências Sociais realizado nesta mesma instituição resultou na Tese O Segredo da Pirâmide: Para uma teoria marxista do jornalismo, que anos mais tarde se tornaria um dos livros mais referenciados na área da Teoria do Jornalismo.
Adelmo é natural de São Borja, Rio Grande do Sul, onde nasceu em 25 de dezembro de 1951. Formou-se em Jornalismo na pela Universidade Federal de Santa Maria, em 1975. Dedicou sua vida à docência, pesquisa e militância, esteve envolvido como movimento estudantil e organizações de resistência ao regime militar. Morreu em Florianópolis, em 1988, em consequência de uma virose. -
2ª ExpoJOR – Relação de trabalhos inscritos
Publicado em 01/04/2019 às 11:52
A Comissão Organizadora da ExpoJOR 2019 divulga a relação de trabalhos inscritos nesta segunda edição:Alteração (02/04, 11:10): Foi trocada a modalidade do trabalho Cobertura Multimídia da Copa do Mundo FIFA 2018, de JO7 – Produção em Jornalismo Digital para RT5 – Produção Audiovisual para Mídias Digitais.
Alteração (06/04, 12:44): Fez-se a inclusão da Profa. Dra. Valentina da Silva Nunes como orientadora do Jornal-Laboratório Zero 2018.Categoria Autor/a (es/as) Orientador/a (es/as) Título do Trabalho 1 RT1 – Programa Laboratorial de Áudio (Avulso ou Seriado) Thuana Bruna Raimond (líder)
Maya Lâinna Soares
Raisa Moreira GoschProfa. Dra. Leslie Sedrez Chaves Enegrecer: o racismo na infância 2 RT1 – Programa Laboratorial de Áudio (Avulso ou Seriado) Klaymara Karen da Silva (líder)
Diogo de Souza Medeiros
Giuliana Kelly Butkenicius de Arruda
Rafaela Coelho de AzevedoProfa. Dra. Leslie Sedrez Chaves Somos todas Clandestinas 3 RT1 – Programa Laboratorial de Áudio (Avulso ou Seriado) Renan Gustavo Schwingel (líder) Profa. Dra. Leslie Sedrez Chaves Nós Servimos 4 RT1 – Programa Laboratorial de Áudio (Avulso ou Seriado) Iraci Helena de Oliveira Falavina (líder) Profa. Dra. Leslie Sedrez Chaves Querida Mãe 5 RT5 – Produção Audiovisual para Mídias Digitais Stephanie Huhn (líder)
Gabriel Guimarães Vieira da SilvaProf. Dr. Antonio Claudio Brasil Gonçalves Papo de Copa – A edição de vídeo como ferramenta de comunicação digital 6 PT1 – Edição de Livro (Avulso) Diogo de Souza Medeiros (líder) Prof. Dr. Ildo Francisco Golfetto Olumbramento: Antologia de Contos 7 PT2 – Design Gráfico (Avulso) Lívia Tokasiki (líder)
Luiz Felipe Leão BuzziProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto Logotipo do Projeto de Extensão Fotolivre360 8 PT2 – Design Gráfico (Avulso) Daniela Müller Brandão (líder) Profa. Me. Fernanda Nascimento da Silva A interseccionalidade nas Eleições 2018: Um retrato da desigualdade na política 9 PT2 – Design Gráfico (Avulso) Larissa Karla Martinelli (líder)
Bruna Elisa Mayer
Caroline Copatti Selbach
João Vitor de Azevedo NunesProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesProjeto Gráfico Jornal Zero – Ano 37 10 JO3 – Jornal Laboratório Impresso Natália Walter (líder)
Amanda Regina Rosa
Anna Beatriz de Mello La Marca
Bárbara Hammes Marques
Bianca Jung Cunha
Camila da Silva Saplak
Carol Gómez
Giovanni de Souza VellozoProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesJornal-Laboratório Zero 2018 11 JO4 – Revista Laboratório Impressa Maria Clara Flores de Faria (líder)
Fernanda Kleinebing
Gabriel Guimarães Vieira da SilvaProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto Asymétrique 12 JO4 – Revista Laboratório Impressa Sofia Soares Dietmann (líder) Prof. Dr. Ildo Francisco Golfetto Elis – Um Brasil feito com Arte 13 JO4 – Revista Laboratório Impressa Maria Helena de Pinho (líder) Prof. Dr. Ildo Francisco Golfetto D’esquina 14 JO4 – Revista Laboratório Impressa Rafaela Coelho de Azevedo (líder)
Diogo de Souza MedeirosProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto Desnu, arte subalterna 15 JO4 – Revista Laboratório Impressa Giuliana Kelly Butkenicius de Arruda (líder)
Klaymara Karen da SilvaProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto Subversa 16 JO5 – Produção Laboratorial em Audiojornalismo ou Radiojornalismo (Avulso/Conjunto ou Série) Amanda Saori Teixeira (líder)
Virginia da Silva WitteProfa. Dra. Leslie Sedrez Chaves Representa! 17 JO6 – Produção Laboratorial em Videojornalismo e Telejornalismo (Avulso/Conjunto ou Série) Pâmela Schreiner (líder)
Reginaldo de CastroProf. Dr. Antonio Claudio Brasil Gonçalves
Profa. Dra. Cárlida EmerimCobertura das Eleições Brasileiras 2018: O TJ UFSC e a construção da Rede Nacional de Telejornais Universitários 18 JO7 – Produção em Jornalismo Digital Camila da Silva Saplak (líder)
Aline Lima RamalhoProfa. Dra. Stefanie Carlan da Silveira Florianópolis, a capital que dorme cedo 19 JO7 – Produção em Jornalismo Digital Maria Eduarda Gonçalves Dalponte (líder) Profa. Dra. Maria Terezinha da Silva Matéria-prima não é lixo 20 JO7 – Produção em Jornalismo Digital Amanda Regina Rosa (líder)
Carla Martins Mereles
Júlia Pinho MallmannProfa. Dra. Stefanie Carlan da Silveira Rendeiras: a história de uma geração 21 JO7 – Produção em Jornalismo Digital Pablo Mingoti (líder) Profa. Dra. Rita de Cássia Romeiro Paulino Esportes Floripa 22 RT5 – Produção Audiovisual para Mídias Digitais Andrey Piva Frasson (líder)
Fabio TarnapolskyProfa. Dra. Valci Regina Mousquer Zuculoto
Guilherme Gonçales Longo
Matheus Simões MelloCobertura Multimídia da Copa do Mundo FIFA 2018 23 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Luna Mariah Zunino Barbosa (líder)
Isabela Petrini MoyaProfa. Dra. Maria Terezinha da Silva Encarceradas 24 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Bruna Elisa Mayer (líder)
Bianca Jung CunhaProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesMorte das abelhas gera graves consequências 25 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Lívia Schumacher Corrêa (líder)
Catarina Duarte dos SantosProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesCinco anos da PEC que garantiu direitos aos domésticos 26 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Carolina Maingué Pires (líder)
Eduarda Pereira
Manoela dos Santos BonaldoProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Prof. Dr. Samuel Pantoja Lima
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesArquivos do Silêncio – Estado, família e sociedade têm dificuldade para combater a exploração sexual infanto-juvenil, deixando crianças e adolescentes desamparados 27 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Mariana Corrêa Passuello (líder) Profa. Dra. Maria Terezinha da Silva Hospital: Uma segunda casa 28 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Maria Luiza Pires (líder)
Giovanni de Souza VellozoProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesÀ deriva em um mar de incertezas 29 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Mayara Heloísa Araújo Santos (líder)
Daniela Müller BrandãoProfa. Dra. Maria Terezinha da Silva Quantas curtidas eu mereço? 30 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Mahara Miranda de Aguiar (líder) Profa. Dra. Maria Terezinha da Silva Natural para quem? A apropriação mercadológica do movimento pró-beleza natural feminina 31 JO8 – Reportagem em Jornalismo Impresso (Avulso) Eliza Barcelos Della Barba (líder) Profa. Dra. Melina de la Barrera Ayres A saúde na balança da Justiça 32 JO10 – Reportagem em Telejornalismo (Avulso) Vitor Antonio Sabbi (líder)
Felipe Sales CruzProfa. Dra. Cárlida Emerim Jogando por profissão: O impacto dos e-sports na saúde de atletas e desenvolvedores de games 33 JO13 – Produção Jornalismo Literário e/ou de Opinião (Avulso/Conjunto e Série) Ilana Marcondes Cardial de Oliveira Farias (líder) Prof. Dr. Mauro César Silveira llha de Primeiras: A história de Ilhabela e suas três mulheres 34 JO14 – Jornal Mural Maria Heloísa Vieira (líder) Prof. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Tattiana Gonçalves Teixeira
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesVamos Subir Leão 35 JO14 – Jornal Mural Giovanni de Souza Vellozo (líder)
Amanda Regina RosaProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesOlhares 36 JO14 – Jornal Mural Luiza de Almeida Monteiro (líder)
Eliza Barcelos Della BarbaProfa. Dra. Tattiana Gonçalves Teixeira
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesCincinatus 37 JO14 – Jornal Mural Carla Martins Mereles (líder)
Camila da Silva SaplakProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesA Guerra não tem rosto de mulher 38 JO14 – Jornal Mural Aline Lima Ramalho (líder)
Ilana Marcondes Cardial de Oliveira FariasProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesJustiça 242 39 JO14 – Jornal Mural Catarina Duarte dos Santos (líder)
Lívia Schumacher CorrêaProf. Dr. Ildo Francisco Golfetto
Profa. Dra. Valentina da Silva NunesJornal Mural Bilhetes 40 JO15 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Áudio e Rádio Josué Maia Frena (líder)
Daniela Müller Brandão
Evelyse Porto Ferraz
Giovanni de Souza Vellozo
Kaíky Goede Gayer
Thuana Bruna RaimondiProfa. Dra. Valci Regina Mousquer Zuculoto
Guilherme Gonçales Longo
Nayane Cristina Rodrigues de BritoCobertura jornalística convergente das Eleições Gerais 2018 pela Rádio Ponto UFSC 41 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Daniel Sborz (líder)
Eliza Barcelos Della Barba
Luiza de Almeida MonteiroProfa. Me. Fernanda Nascimento da Silva Redes Vazias 42 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Ana Cristina Machado (líder)
Maria Fernanda Somenzi SalinetProfa. Dra. Cárlida Emerim Elas Resistem: Mulheres Nordestinas no Rock 43 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Manuella Mariani (líder) Profa. Dra. Cárlida Emerim Quilômetros de vida: Histórias de caminhoneiros 44 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Clara Comandolli de Souza (líder)
Andressa Ribeiro Santa CruzProfa. Dra. Gislene da Silva Laklãnõ/Xokleng: Os órfãos do Vale 45 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Lucas Venceslau Krupacz Leal (líder) Profa. Dra. Gislene da Silva Revolução Silenciosa: 10 anos de cotas raciais na UFSC 46 JO16 – Documentário Jornalístico e Grande Reportagem em Vídeo e Televisão (Avulso/Conjunto e Série) Luiz Fernando Platt Carreirão (líder)
Francisco Souza DuarteProfa. Dra. Cárlida Emerim Prazer, Morro do Horácio 47 CA4 – Videoclipe (Avulso) Francisco Souza Duarte (líder)
Carolina Maingué PiresProf. Dr. Antonio Claudio Brasil Gonçalves Chuva Fina -
Um curso pioneiro
Publicado em 28/03/2019 às 17:50Associando legado de conquistas inéditas e mudanças constantes para atualização, o curso de Jornalismo da UFSC completa 40 anos
Por Mahara Aguiar e Sofia Dietmann
Orientação Profa. Melina de la Barrera Ayres
Revisão Profa. Valentina da Silva Nunes“Cheguei de manhã bem cedo. Muito empolgada, me achando superadulta por estar entrando na Universidade. À esquerda do Centro de Convivência da UFSC, em uma construção de um andar só, funcionava a gráfica universitária. Naquele prédio construíram uma única sala de aula. Só estávamos nós ali. Metade da turma era de pessoas da minha idade, jovens, de 18 anos; a outra metade era de pessoas de outras graduações, ou formadas, que sempre quiseram fazer jornalismo e agora tinham a oportunidade”.
Lúcia Helena Vieira decidiu tentar a sorte ao entrar no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Ela estava entre os 40 estudantes da primeira turma da graduação, em 1979, e foi uma das 21 pessoas que se formaram quatro anos mais tarde. Quando os rumores da abertura do curso de Comunicação Social se confirmaram, Lúcia prestou vestibular e iniciou aquela que seria uma das experiências mais marcantes de sua vida. “Por tudo que aprendi, o acesso que tive a tanta coisa nova. 1979 era o começo da abertura política. Eu havia estudado a vida inteira sob a Ditadura Militar, então o ensino era muito diferente, o acesso era muito limitado. Foi na Universidade que eu descobri outras informações e conhecimentos”.
Quando a primeira turma iniciou as aulas, a proposta pedagógica do Curso ainda não estava fechada. Os professores eram todos de outras áreas. A estrutura física era improvisada, a turma foi alocada no prédio que hoje abriga a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), ocupando três salas: duas destinadas às aulas e uma servindo de coordenação. Foi assim até 1981, quando o Curso passou a ocupar o espaço que mantém até hoje, no Bloco A do Centro de Comunicação e Expressão.
Mesmo com espaço físico próprio, na década de 1980 a estrutura ainda era embrionária, os laboratórios levaram tempo até serem construídos. Isso porque, além de se tratar de um curso recente, o Projeto Pedagógico inicial, vivenciado por Lúcia Helena, previa poucas disciplinas práticas, e uma carga teórica alta. “Quando estávamos em entrevistas de emprego, dizíamos ‘eu não sei fazer isso, mas estudei muito sobre’. Não tive estúdio de rádio, nem televisão, apenas um laboratório de fotografia”, relembra Lúcia. Já Luciano Faria, ingressante na turma de 1985, contou com alguns laboratórios para sua formação, mas estes ainda eram poucos e pequenos. Passaram-se alguns anos até que o Curso obtivesse sua estrutura atual. Luciano lembra: “Chegamos a ocupar a Reitoria algumas vezes por equipamentos”. Segundo ele, era tudo bastante limitado..“Tínhamos apenas uma sala para revelar as fotos e uma ilha de edição para TV, o estúdio de rádio era minúsculo, ou seja, nossa estrutura era precária. Mas essa precariedade técnica era compensada, por outro lado, por uma forte formação teórica e política”.
Durante os anos 1980, os alunos cumpriam o importante papel de motivadores da corrida por novos materiais e equipamentos, para um ensino cada vez mais completo. O Centro Acadêmico Livre de Jornalismo (CALJ) nasceu em 1980, período em que o país vivia um momento político conturbado. Além da busca por estrutura, ao movimento estudantil coube o papel de ajudar na defesa dos direitos que envolviam a sua futura profissão. O CALJ passou a se chamar Adelmo Genro Filho em 1988, em homenagem ao então recém-falecido professor do curso e um dos principais nomes teóricos do jornalismo brasileiro. “Uma homenagem mais do que justa, diga-se de passagem”, relata Luciano Faria, ex-aluno e amigo de Adelmo à época.
A professora e atual chefe do Departamento de Jornalismo Maria José Baldessar, que também viveu a década de 1980 enquanto aluna, lembra com o mesmo fervor as discussões que conduziam o CA. “Foi um momento de efervescência política”, ressalta. E completa: “Nós precisávamos pensar no fim da ditadura e na liberdade de expressão, além de tentar entender o que tinha acontecido, porque ainda era tudo muito recente”. Luciano concorda. Para ele, que chegou a presidir o CALJ, “era isso que, muitas vezes, levava as pessoas a escolher o jornalismo. Muita gente queria lutar por uma sociedade melhor, mais justa”.
Deste modo, se por um lado, o governo vigente preocupava os jovens jornalistas, por outro, a motivação e empenho estudantis em construir um curso de qualidade derrubavam barreiras. Assim como Lúcia Helena, os futuros jornalistas se mantinham animados e engajados com a criação do curso. Em 1982, na terceira edição do Jornal Laboratório Zero – que, aliás, existe até hoje – fomos apresentados aos primeiríssimos comunicadores sociais graduados na UFSC. O slogan, distribuído em panfletos pelas empresas da cidade buscando divulgar os agora profissionais da comunicação, era enfático: “Esta turma quer por uma boca no mundo”.
O outdoor e seu criador, Jarsom Frank, integrante dos formandos de 1982.
Foto: Jornal Zero, nº 3, 1983.E a turma realmente pôs: seus integrantes se tornaram renomados repórteres, professores, assessores de comunicação de ministérios e repartições públicas, tiveram suas trajetórias jornalísticas reconhecidas até em nomes de ruas. A rua jornalista Bento Silvério, do Kobrasol, em São José, está aí para comprovar. Desde então, quase 40 gerações de jornalistas – ou comunicadores sociais com habilitação em jornalismo, com era oficialmente denominado o curso – se formaram ali. Todos passaram pelo mesmo momento de desespero: a infinita corrida em busca de fontes para aquela “fatídica reportagem” – porque mesmo após todos esses anos, algumas coisas nunca mudaram.
Mas outras sim. A começar pela digitalização de todos os laboratórios. O processo começou do meio para o fim da década de 1990, quando a universidade dava os primeiros passos em direção a Era Digital.
Janice Miranda, ex-aluna da turma de 1989, lembra até hoje a fala de seu professor: “o jornalista que tiver medo do computador pode esquecer a profissão, porque esse é nosso futuro”. A frase se provou verdadeira alguns anos mais tarde. As máquinas de escrever deram espaço aos computadores, e os rolos de fita transformaram-se em grandes telas e mesas de som. A mudança envolveu também o treinamento dos funcionários e servidores, que passaram a lidar com materiais completamente novos e desconhecidos. Vanessa Pedro, estudante do curso entre 1993 e 1997, viu essa transição na metade de sua graduação. “Os computadores começaram a ser instalados, e as aulas de redação, rádio e TV, passaram a ser com esses primeiros computadores. Mas independentemente da máquina ou do computador, sempre foi muito estimulado [a prática de] escrever”.
Um movimento institucional para a reforma tecnológica das Universidades se iniciou em resposta aos resultados no primeiro Provão, exame organizado pelo Ministério da Educação (MEC), que tinha como objetivo avaliar a qualidade dos Cursos de Ensino Superior em todo o país. A prova, posteriormente substituída pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), obteve resultados alarmantes: as universidades brasileiras estavam extremamente sucateadas, e enfrentavam problemas de infraestrutura, administrativos e acadêmicos.Na tentativa de reverter essa situação, no início dos anos 2000 o MEC criou o Fundo de Reaparelhamento de Laboratórios – ou Fungradão, como ficou conhecido. Em 2003, a UFSC recebeu mais de R$ 5 milhões em equipamentos como câmeras de vídeo, gravadores, retroprojetores, mesas de som, projetores multimídia entre outros, dos quais muitos foram destinados ao então curso de Comunicação Social, completando a passagem do curso da Era Analógica para a Digital.
Paralelamente, outras mudanças contribuíram para a transformação estrutural do curso. Em 1999, iniciou-se a reforma do espaço físico. “Nós apelidamos a reforma de Kosovo, porque foi derrubado absolutamente tudo. Durante todo aquele período, nós ficamos improvisados no primeiro andar do prédio”, lembra a professora Maria José, que coordenou a reforma ao lado do também ex-aluno, e agora professor, Fernando Crocomo. A conclusão da reforma no ano 2000 marcou o fim de uma era importante. As portas e janelas recém pintadas abriam-se para novos caminhos. O “shoppinzinho”, como ficara conhecido devido aos corredores largos e as paredes claras, marcava uma nova etapa dentro do curso.
Mudança: uma constante
A necessidade do curso de jornalismo de acompanhar as mudanças da sociedade se refletiu na constante revisão do Projeto Político-Pedagógico do curso, o PPP. A primeira grande onda de mudanças começou em 1983, com o ingresso de uma nova geração de professores que viria para transformar o futuro do curso. Recém saídos das redações, estavam todos muito familiarizados com o cotidiano da profissão e trouxeram consigo a vontade de aproximar o curso de Comunicação Social com a realidade do jornalismo diário.
Além disso, outro fator foi marcante no período: as teorias do professor Adelmo Genro Filho, que propunha um olhar específico do jornalismo. “A gente começou a amadurecer um Projeto Pedagógico que fosse só do jornalismo, em que fosse possível unir teoria e prática”, relata o professor Eduardo Meditsch, que esteve muito presente durante essa mudança. “É claro que isso gerou muita discussão dentro do curso. Em 1989, foram formadas duas chapas para concorrer à Chefia de Departamento e Coordenadoria de Curso. A primeira era a Opção Jornalismo e a segunda Opção Comunicação Social”.
Após debates acirrados entre professores e alunos, a chapa Opção Jornalismo foi eleita com dois terços dos votos entre professores, e servidores. Junto com ela, nasceu o primeiro Projeto Pedagógico no país voltado exclusivamente para jornalismo. Eduardo acredita que a mudança se deu, em grande parte, devido ao Conselho Paritário de Professor e Alunos — uma entidade que substituiu, durante mais de 10 anos, o colegiado do curso — onde alunos e professores tinham o mesmo número de votos em todas as decisões. “Foi muito rico o período do Conselho Paritário. Não só para os alunos – que tinham o mesmo espaço que os professores para decidir sobre o destino do curso, sobre as disciplinas – mas também para nós, porque isso não deixava a gente se acomodar”, lembra o professor Eduardo.
Vanessa, ao fundo, e sua colega Ana Paula Barreto, no estúdio de rádio.
Foto: Acervo pessoal de Ana Paula Barreto.Desde sua criação, foram modificadas disciplinas e eixos de conteúdo quatro vezes. As duas primeiras mudanças, em 1985 e 1991, foram mais radicais. A primeira nasceu do desejo de alunos e professores de criar “coerência entre teoria e prática no alargamento do mercado de trabalho do egresso focando, principalmente, em formas de comunicação alternativa”, como retoma a contextualização do PPP de 2016. Já a segunda, em 1991, foi a colocação em prática da reformulação para marcar os 10 anos de curso, chamada de Projeto Ano 10.
Foi com o terceiro currículo, iniciado em 1991, que Vanessa Pedro fez sua graduação. “Uma característica do curso era que a prática caminhava junto com a teoria, desde a primeira fase. Éramos muito incentivados a ir para a rua, ter a vivência de repórter, e também ao ato de escrever”. Segundo ela, foi uma experiência muito importante. “No programa Universidade Aberta, trabalhei na Rádio da UFSC, e passei por quase todos os cargos, viajamos muito, era uma escola dentro da escola”, relembra a ex-aluna.
1996 marcou o ano de implementação do Currículo de mais longa vigência do curso – foram quase 20 anos de pequenas alterações, como a adição de disciplinas voltadas para a internet e a obrigatoriedade de participação no jornal Zero. Os impasses e atrasos na implementação das novas Diretrizes Curriculares para o ensino de Jornalismo no país adiaram a implementação do novo Currículo, que começou a ser discutido em 2013 e entrou em vigor em 2016.
As mudanças não afetaram apenas o Currículo e a formação dos estudantes. O perfil dos graduandos e dos professores sofreu uma significativa modificação do início do curso até os dias de hoje. Mais alunos de minorias sociais integram o corpo estudantil do curso, e grande parte dessa mudança deve-se à Política de Ações Afirmativas, instaurada na UFSC a partir de 2008.
A professora Maria José, que era coordenadora quando a primeira turma de alunos cotistas entrou no Jornalismo UFSC, destaca esse momento como um importante marco na história do curso. A mudança, necessária, balançou o perfil socioeconômico da Universidade e fez com que quem antes era exceção, começasse a fazer parte da regra. “Eu entrei num curso basicamente branco. O jornalismo, até 2007, com seus 27 anos, tinha tido seis alunos negros.” Foi um período de 12 anos em que, segundo ela, “não entrou nenhum aluno de escola pública. Essa era a cara da Universidade, e isso mudou muito”, lembra a professora.
A multiplicidade de pessoas não se deu apenas no corpo discente. Hoje é possível identificar com mais clareza as diversas faces da comunidade brasileira entre professores, funcionários e servidores do curso. Entretanto, ainda há um longo caminho a se percorrer. Uma das mudanças atuais a se destacar é consequência de um projeto iniciado pelo Coletivo Jornalismo Sem Machismo – CJSM.
Alunas do curso em um dos eventos organizados pelo Coletivo JSM em 2015.
Foto: Coletivo JSM/Facebook.Fundado no segundo semestre de 2014, o CJSM foi uma iniciativa das alunas do Jornalismo, buscando abrir novos canais de discussão sobre assuntos que envolviam machismo e desigualdade de gênero no curso. Uma de suas ações de maior repercussão foi a solicitação da criação da disciplina Jornalismo e Gênero, ofertada desde o primeiro semestre de 2016 como disciplina optativa. Manoela Bonaldo, que entrou no curso em 2015, pode ver de perto a movimentação de suas colegas para que fosse montada uma proposta sólida ao colegiado de Curso e de Departamento. “As meninas do coletivo começaram a sua própria formação sobre feminismo para poder propor o que seria estudado na disciplina. Elas começaram a ler muitas coisas, falar com muita gente, a definir os objetivos. Foi um trabalho longo e de muito fôlego para que tudo desse certo”.
Mais que um curso: uma comunidade
Diversas iniciativas dos docentes e dos estudantes buscam expandir o aprendizado e as vivências em sala de aula para outros espaços. São atividades em que os alunos criam, empreendem, se preparam para o mercado, aumentam sua qualidade de vida e se engajam para tornar a experiência acadêmica ainda mais ampla.Este é o caso de grande parte dos programas e Núcleos que compõem a Rádio Ponto UFSC, que completa 20 anos em 2019; o TJ UFSC, um dos mais premiados e conceituados telejornais universitários do Brasil; o Cotidiano, que incentiva a produção em jornalismo online, a Comunica!, primeira Empresa Júnior de Jornalismo da região; a Iniciação Científica, que introduz os alunos nos campos da pesquisa acadêmica; do Centro Acadêmico, local de integração e articulação estudantil; da Atlética Graus Bons, que promove competições, treinos e eventos de integração durante todo o ano; e de diversas outras iniciativas que surgem e se sustentam com a proatividade de todos os envolvidos.
Proatividade, aliás, é um dos conceitos que Bruna Elisa Mayer, aluna da turma de 2015.2, herdou de seus três anos participando da Comunica!, um ano como presidente, e outro como vice. “Eu não seria a pessoa que eu sou hoje sem minha vivência no MEJ [Movimento Empresa Júnior]”, resume Bruna. Para ela, a vivência na empresa, que é de iniciativa estudantil, foi fundamental para complementar sua formação profissional. “A gente está dentro da Universidade e já está muito preparado para o que vê lá fora, no mercado de trabalho. Isso é incrível”.
Outras experiências, como a Rádio Ponto, o Cotidiano e o TJ UFSC, são iniciativas institucionais que buscam ampliar a vivência e a prática dos alunos, materializadas em projetos de extensão. A professora Cárlida Emerim, coordenadora da Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC e uma das orientadoras do TJ UFSC, ressalta a importância de projetos como o telejornal. “Eles propiciam uma formação mais próxima da realidade do mercado de trabalho, onde se exercita a responsabilidade, o comprometimento com o social e a ética profissional e pessoal. Além disso, os projetos de extensão fazem parte de um tripé almejado pelas instituições de ensino de referência: ensino, pesquisa e extensão”.
Equipe TJ UFSC recebe prêmio no Intercom Nacional, em 2018, em Joinville/SC.
Foto: TJ UFSC/ Facebook.No ar desde setembro de 2012, o TJ é exibido diariamente durante os períodos letivos, angariando dezenas de voluntários todo semestre. E o esforço dá resultados: os prêmios ganhos nos sete anos de existência se acumulam no currículo do TJ UFSC. É, atualmente, a melhor produção laboratorial em Vídeo e Telejornalismo do Brasil: ganhou, em 2017 e 2018, o prêmio Expocom Nacional na categoria. “Uma escola de prática intensiva de telejornalismo diário e ao vivo, com toda a estrutura e os ritos que a redação de um telejornal deve seguir”, finaliza Cárlida.
O Cotidiano é um projeto de extensão voltado para a experimentação de novos formatos online. Desde sua criação em 2006, já passaram pela equipe mais de 135 pessoas, entre bolsistas, monitores e colaboradores. O trabalho desenvolvido se materializa no site e nas versões mobile e extensões no Twitter e Facebook, alcançando um acesso diário de, aproximadamente, 9 mil leitores.
De acordo com a Professora Maria José Baldessar, coordenadora do Cotidiano, “o objetivo do projeto é familiarizar o aluno com narrativas digitais e ferramentas para produção das narrativas. Nosso compromisso é sempre com a apuração e checagem das informações”. Diversos trabalhos realizados pelo Cotidiano já foram premiados. Entre eles, em um concurso organizado pela Escola Superior do Ministério Público da União, em 2011, recebeu o primeiro lugar da região Sul no 3º Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário, pela reportagem Trabalho escravo não é trabalho.
Já a Rádio Ponto UFSC comemora, em 2019, uma grande conquista: a iniciativa completa 20 anos. Inicialmente formulada como o Trabalho de Conclusão de Curso de Fabiana de Liz e Sabrina D´Aquino, em 1999, o projeto foi ‘adotado’ pelo Curso e, desde então,passou a funcionar com regularidade. No formato de uma webrádio universitária, é uma das três primeiras do país. A Rádio Ponto alia teoria, prática e experimentação, segundo a professora e orientadora do projeto Valci Zuculoto. “Por incentivar a experimentação, para além do que é convencional no exercício do radiojornalismo, não apenas complementa […] a formação do estudante no jornalismo radiofônico e em áudio, mas especialmente busca habilitá-los a intervir no mercado profissional de forma diferenciada e inovadora”.
Atualmente a Rádio Ponto busca oferecer uma experiência integrada.Além da programação normal, realiza coberturas especiais em conjunto com outros projetos do Curso . “Nas últimas Eleições Gerais, […] o trabalho conjunto da Rádio Ponto se desenvolveu com o telejornal TJ UFSC, LabProjor, LabFoto, FotoLivre, Grupo de Investigação em Rádio, Fonografia e Áudio – GIRAFA, e Jornal Zero”, conta Valci Zuculoto.
Uma experiência diferente das demais é a da criação da Atlética de Jornalismo. Fora do universo da prática profissional, mas comum no meio acadêmico, as Atléticas são espaços de integração entre os alunos, principalmente através dos esportes. Agatha Morigi, ex-aluna da turma de 2008 e uma das fundadoras da Atlética Graus Bons, explica que a associação foi a segunda a ser fundada na UFSC, em 2010. “A Atlética tem o poder de fomentar muita coisa boa: esporte, música, novos contatos e amizades, e tem até mesmo uma responsabilidade social dentro do ambiente acadêmico, se quiser”.
Essas são algumas das questões que permearam as salas de aula e corredores do curso nos últimos 40 anos, marcantes para alunos, professores e todos que passaram pelo Jornalismo nesta jornada. Como para Luciano Faria, a quem “o curso deu um embasamento teórico que levo e vou levar para o resto da vida”. E Vanessa Pedro, que afirma ter vivido uma experiência intensa no curso. “Minha vida não teria o mesmo significado se eu não tivesse passado pelo Jornalismo”. Lúcia Helena Vieira concorda. Para ela “a UFSC sempre vai se diferenciar. São perceptíveis os conhecimentos de um aluno do Jornalismo UFSC num estágio, ou trabalho”. Essa é a expectativa para o futuro: jornalistas engajados, com respeito, tolerância e empatia, além da técnica e do conhecimento teórico.