Após vencer etapa regional, representantes do Jornalismo UFSC são indicadas ao Expocom Nacional 2023

12/06/2023 17:38

Legenda das fotosÀ esquerda: Júlia Venâncio comemora a premiação. Centro: Troféu de Iraci Falavina. À direita: Defesa do TCC “Peregrina”: da esquerda para direita, profa. Melina Ayres, profa. Rita Paulino, Iraci e prof. Samuel Pantoja

 

Iraci Falavina ficou em 1º. lugar no Expocom Sul com seu TCC “Peregrina”, na modalidade Produção Transdisciplinar, categoria Games. E Júlia Venâncio, com a reportagem literária “Menstruar: o fluxo não para”, em Jornalismo Impresso (avulso)

No último sábado (11), a jornalista Iraci Falavina, formada em dezembro de 2022 no Curso Jornalismo da UFSC, e a estudante Júlia Venâncio, da sexta fase, conquistaram, em diferentes modalidades, o prêmio de 2023 da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), da Região Sul. Ambas estão automaticamente classificadas para a etapa nacional do Expocom, que acontece em setembro, em Belo Horizonte.

Iraci Falavina conquistou o 1º. Lugar na modalidade “Produção Transdisciplinar”, categoria “Games”, com seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “Peregrina”, um newsgame. Desenvolvido inteiramente pela então formanda, sob orientação do professor Samuel Pantoja Lima, o jogo jornalístico apresenta abrigos para as pessoas em situação de rua em Florianópolis, sob a perspectiva de uma personagem feminina. A obra fica acessível para consulta e diversão em dois locais de acolhimento da Capital: a Passarela Nego Quirido, que abriga o projeto Passarela da Cidadania, e o Albergue Noturno Manoel Galdino Vieira. O jogador deve explorar o mapa disponível no jogo e conversar com personagens reais que frequentaram esses abrigos, para, no final, decidir onde passar a noite. O jogo é gratuito e está disponível para download em iracifalavina.itch.io/peregrina.

Júlia Venâncio, que venceu na categoria “Jornalismo Impresso (avulso)”, com a reportagem literária “Menstruar: o fluxo não para”, desenvolveu seu trabalho, sobre a pobreza menstrual no Brasil, na disciplina Linguagem e Texto Jornalístico V, sob orientação da professora Magali Moser, durante o segundo semestre de 2022. A intenção foi mostrar que a pobreza menstrual vai além da falta de acesso a absorventes, mas também está ligada à falta de acesso ao saneamento básico, à infraestrutura e, principalmente, à falta de acesso a informações necessárias. Para isso, o trabalho foi divido em três subtítulos: menstruar nas ruas, menstruar nas escolas e menstruar como tabu. Foram ouvidos quem sofre com a pobreza menstrual e quem luta para dar dignidade menstrual a pessoas que menstruam, como representantes de ONG’s, professoras de escolas municipais, ginecologistas e outros especialistas. Por ser uma pauta com fontes de vários estados, um dos desafios da estudante foi recorrer à entrevista remota com muita criatividade, para assim captar ambientações e nuances dos depoimentos. A reportagem literária pode ser acessada em https://medium.com/@juliavenanciov/menstruar-o-fluxo-n%C3%A3o-para-f50130df6b78

“Estou animada para participar da etapa nacional do Expocom 2023 e muito contente por representar o curso de Jornalismo da UFSC na categoria jornalismo impresso. Que venha Belo Horizonte!”, comemorou Júlia Venâncio. Iraci Falavina, também entusiasmada com a premiação, ressaltou a importância dos novos formatos no Jornalismo. “Estou muito feliz com a conquista do prêmio porque acredito demais nos newsgames. O Jornalismo sempre está buscando novas formas de contar histórias, e é por isso que esse formato merece mais atenção”.

A Expocom é uma mostra competitiva anual de trabalhos experimentais desenvolvidos nos cursos de graduação em Comunicação, promovida pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). É considerado um dos maiores prêmios para graduandos e recém-graduados da área.

Inscrições abertas para vaga de estágio no Instituto de Estudos de Gênero da UFSC

02/06/2023 15:15
Estão abertas as inscrições para o processo de seleção de estudantes para estágio remunerado no setor de comunicação do Instituto de Estudos de Gênero (IEG).
A jornada de trabalho será de 20 (vinte) horas semanais e 4 (quatro) horas diárias e a bolsa tem valor de R$787,98 (setecentos e oitenta e sete reais e noventa e oito centavos) além do auxílio-transporte de R$220,00 (duzentos e vinte reais) mensais.
As inscrições encerram-se no dia 11 de junho.
Demais informações estão disponíveis no edital.

Jornalismo da UFSC homenageia 1 de Maio com produção multimídia inédita

01/05/2023 10:35

Conjunto de notícias, entrevistas e matérias com o tema “Trabalho e Trabalhadores” resulta da 1a Semana de Produção Jornalística, que integrou alunos e professores em experiência transdisciplinar. Material está disponível para acesso

Com o objetivo de homenagear o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, o Curso e o Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) escolheram o tema “Trabalho e Trabalhadores” como mote principal para a produção de uma inovadora experiência pedagógica: a 1a Semana de Produção Jornalística, realizada de 10 a 14 de abril, que reuniu professores e alunos de várias fases para uma prática transdisciplinar inédita. O resultado dessa produção está agora disponível para acesso pelo link: https://abre.ai/spjor-ufsc

Entrevistas, notícias e matérias em diferentes plataformas e linguagens enfocam vários aspectos que atingem o trabalho e o trabalhador: mudanças na legislação e seus impactos, diferentes níveis de exploração, precarização, preconceitos, inclusão, diversidade, novas tecnologias, informalidade, empregos que deixaram de existir e a criatividade de muita gente para conseguir sobreviver nas ruas. Coletivas exclusivas foram realizadas com Ministério Público do Trabalho e profissionais do Direito trabalhista. A profissão de jornalista é enfocada nas matérias sobre a retomada da luta em defesa do diploma para o exercício profissional, tema da Proposta de Emenda Constitucional 206/2012, em tramitação na Câmara Federal. Experientes jornalistas ainda falam da transição da prática analógica para o mundo digital com muitos exemplos e comparações. O ChatGPT e o impacto da Inteligência Artificial no Jornalismo também foram assunto dos trabalhos.

A 1ª SPJ teve 147 alunos inscritos, divididos em cinco grupos: Grupo 1 – Trabalho, trabalhadores e tecnologia; Grupo 2 – Trabalho e exploração; Grupo 3 – Diversidade, inclusão, legislação e justiça no trabalho; Grupo 4 – Trabalhadores das ruas e criatividade; Grupo 5 – Comunicação institucional e making of da 1ª SPJ. Sob a coordenação e orientação dos professores, os alunos de cada grupo entregaram as produções em uma semana.

O evento foi idealizado para atender à demanda dos próprios estudantes, manifestada no período do ensino remoto emergencial, em 2020, quando perceberam que, em futuro próximo, haveria a necessidade de retomar conhecimentos práticos. Com esse compromisso em mente, os professores do Jornalismo UFSC optaram por criar um modelo diferente das tradicionais oficinas e palestras. Assim, chegou-se ao formato criado exclusivamente para a 1a SPJ: mobilizar estudantes de diferentes fases em práticas jornalísticas e trabalho em conjunto e interdisciplinar, com compartilhamento de aprendizados e ações integradas. O objetivo foi potencializar experiências em produção de pautas e matérias em texto, áudio, vídeo, fotografia, infografia e multimídia com apurações in loco – sem o distanciamento que se impôs por conta da pandemia da Covid-19.

Na abertura do evento, no dia 10, a 1a SPJ contou com a presença da repórter investigativa Juliana Dal Piva, egressa do Jornalismo UFSC, para falar sobre jornalismo, trajetória profissional e o campo de trabalho. A participação na 1ª SPJ deu aos estudantes o direito de certificação para validar Atividades Complementares. O curso analisa agora a possibilidade de repetir o evento nos próximos anos.

Grupo de pesquisa da UFSC lança podcast sobre cobertura jornalística de feminicídios

28/04/2023 10:29

O grupo de pesquisa Transverso – Estudos em Jornalismo, Interesse Público e Crítica, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, lança nesta sexta-feira, 27 de abril, o podcast “História mal contada – Os feminicídios na cobertura jornalística”. O lançamento é de forma online, com a divulgação do material pela internet e redes sociais do grupo Transverso, onde o material já está disponível para acesso público, neste link: https://podcasters.spotify.com/pod/show/grupo-transverso

Com três episódios, de cerca de 17 minutos cada, o podcast é um dos materiais produzidos pelo grupo Transverso para estimular o debate sobre a cobertura de feminicídios na imprensa. O primeiro episódio apresenta e discute os resultados de pesquisa realizada pelo grupo, dando um panorama da cobertura realizada entre os anos de 2015 e 2021, período estudado pela equipe. O segundo episódio discute principalmente as fontes de informação utilizadas, destacando a ausência daquelas que são importantes na discussão do tema, como pesquisadoras e ativistas de movimentos sociais, sobretudo de mulheres e feministas. Já o terceiro e último episódio traz sugestões de como qualificar a cobertura jornalística de feminicídios.

Tanto o podcast quanto o documentário de mesmo nome – “História mal contada,  os feminicídios na cobertura jornalística”, lançado pelo grupo Transverso no dia 10 de março – são alguns dos resultados do projeto de pesquisa “Os feminicídios em Santa Catarina e a cobertura jornalística: mapeamento de um problema público”, realizada pelo Transverso e que está em fase de conclusão. Todos os materiais da pesquisa estão disponíveis no site: https://transverso.ufsc.br/cobertura-de-feminicidios/

Grupo de pesquisa Transverso – Estudos em Jornalismo, Interesse Público e Crítica – PPGJOR/UFSC